Assim que der, trago mais textos para compartilhar.
REFERÊNCIA:
FRAGAS, Nuno Silva. Teorias do currículo: teorias críticas. Universidade da Madeira. Portugal. http://www3.uma.pt/nunosilvafraga/wp-content/uploads/2009/03/teorias-criticas.pdf
Em Bagé essa situação já é histórica. Além de ser motivo de noticiário em jornais nacionais. Tanto que no primeiro JN No Ar de 2011 o destino da equipe da rede Globo se dirigiu à cidade para falar sobre a seca no estado.
Lembro que há pouco mais de 20 anos, a presença de caminhões-pipa era vista como a visita mais esperada pelas pessoas no bairro onde eu morava. Formavam-se filas enormes de pessoas com baldes e tudo o que podiam levar para buscar água. Duas décadas depois vivemos a promessa de uma barragem. A tão sonhada e desejada Barragem da Arvorezinha, porque as que existem (Sanga Rasa, Piraí e Emergencial) não dão conta do uso.
No primeiro levantamento sobre a redução do consumo o Daeb registrou uma economia bastante considerável. As campanhas na mídia pedem que a população faça uso consciente de água, mas infelizmente a parcela que colabora realmente é bem pequena. É lastimável que seja necessário o racionamento de doze horas diárias para que seja possível ter-se garantido o abastecimento a todas as casas e, ainda assim, há locais do município que fica muito difícil e ressurgem os caminhões-pipa.
Em nosso imaginário o pampa gaúcho era formado por verdes campos, pastagens para rebanhos variados e arroios, rios, barragens de lavouras de arroz, açudes cheinhos... O que a reportagem mostrou são cenas muito tristes, comparadas ao cerrado nordestino, em que a geografia explica a falta de chuvas naquela região, mas aqui? O que explica?
Às vezes o pessoal de outras cidades até faz piada com a cidade por causa da seca, mas para quem está aqui? Para quem é daqui? Não é certo não pensarmos no futuro. Não é certo lavar carros e calçadas, tomar banhos demorados, deixar torneira aberta ou gotejando, trocar água de piscinas, até mesmo dar banho no cachorro. É falta de consciência, mas tem muita gente que se permite a estes luxos, pois desperdiçar água é um luxo que algumas pessoas julgam ter direito.
Sobre o vídeo do Teledomingo:
Tantas vezes recebemos e-mails do tipo corrente que trazem imagens de países africanos, assolados pela fome e pela miséria, ou então, vemos na televisão reportagens sobre o Haiti, país de um povo sofrido e que precisa se recuperar além dos conflitos políticos, do terremoto que no ano passado destruiu boa parte da capital, Porto Príncipe.
Ver a Região Campanha sendo arrasada pela seca uma outra vez é extremamente triste. Deu vontade de chorar. Dá vontade de chorar. Quando lembramo que o futuro do Planeta tende a ser ainda mais quente chega a dar certo medo, porque essa região aqui parece ser uma das primeiras a sofrer ao extremo pele escassez de chuvas. Enquanto em outros locais do país a chuva não é bem vinda pois chega muito forte, muito volumosa e constantemente, aqui pensamos: bem que estas nuvens poderiam dividir a água existente neles entre os estados de modo que ninguém ficasse com mais nem menos. Pareço criança ao pensar isso eu sei, mas não custa nada sonhar, rezar e pedir que essa igualdade existisse.
E a água, mineral existente em maior quantidade em nós, seres humanos, que deveríamos ser racionais em seu uso, hoje nos faz falta, aqui no sul do Brasil. A água, que tem a maior extensão no globo terrestre, mas que em rios, lagos e lagoas só ocupa 0,6% do planeta, é o bem natural mais precioso que: nosso ouro líquido. É dela que precisamos para viver. É ela que precisamos preservar.
Engraçado como escrevendo este texto percebo que nem sempre nos recordamos sobre o prazer que temos em certas situações. A exemplo disto são os banhos depois de um dia de trabalho cansativo ou então um copo de água bem gelada quando o calor do verão parece entrar pelos poros. Não quero ser piegas nem pedante, mas seria legal passarmos a ideia de que a água é tão importante para nós como qualquer órgão vital em nosso organismo. Procure imagens de Bagé durante o período de estiagem e descubra você mesmo o porquê do desejo de chuvas regulares. Bem, podia ser mais, mas por hoje era isso. Grata pela sua atenção.
Fonte: http://www.diariopopular.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?id=6¬icia=31857
PONTOS DE VENDA
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Difícil entender, não? Quando a gente chega num ponto do caminho e não vê estrada à frente. Às vezes, há os que encontram vários caminhos e dizem: estou numa encruzilhada. Como se a cruz se desfizesse com o tempo ou com a caminhada. Há quem caminhe sempre em linha reta e não perceba o que se passa ao redor. Também há as trajetórias curvilíneas, que parecem mais longas que as anteriores, mas podem trazer muitas surpresas, sejam elas de toda natureza: boas ou más.
Seguir o trajeto é um caminho individual. Não, não estou dizendo nada sobre individualismo. É sobre individual, sobre o indivíduo. Cada um com sua personalidade, criando as trilhas de sua passagem por esta ou aquela estrada. E não é que isso é real? Pode haver alguém caminhando ao nosso lado, mas não decidimos por seu ritmo, por seus passos, se faz paradas na estrada ou se decide escolher outro rumo. A caminhada é sempre sua, mesmo havendo alguém que caminhe ao seu lado. A decisão sobre os passos do outro não depende de tua vontade, mas da dele.
E de repente, em determinado ponto do caminho não há estrada à frente. O que fazer? O que isto significa? Quer dizer que já se chegou ao ponto de chegada? Talvez não, talvez seja o momento de abrir novos caminhos, de rumar para outras trajetórias. E abrir caminhos não é assim uma tarefa fácil. Por isso, às vezes encontramos clareiras de uma estrada que poderia ter sido aberta, mas não foi. Por isso, às vezes percebemos rastros de ida e volta... quem estava indo, por algum motivo resolveu voltar para a estrada já trilhada.
Ainda assim, o caminho não é único nem mesmo fixo. Essa é a vida. Tecida e trilhada por diversos caminhos que se entrecruzam e se perpassam sempre, mas que jamais será estática. Fácil entender, não? Difícil mesmo é criar coragem para não abandonar a caminhada. Lembre-se: é permitido parar um pouco para tomar fôlego, portanto não se envergonhe quando o cansaço chegar e você precisar sentar à beira do caminho para decidir como, quando e por onde retornar sua caminhada. Essa é a sua vida. Trilhe-a sem atropelar ninguém.
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