1ª de 2011

03/01/2011

Há dias venho pensando no que escrever para a primeira postagem de 2011, mas percebo que meus pensamentos querem férias.
Começar um novo ano deveria ser a todo instante, a cada dia, a cada começo de semana, de mês. Não acham? Mas, de qualquer maneira é válida a intenção de desejar um ano de realizações, pois realizações são importantes em qualquer momento da vida.

Não é um novo ano se não me renasço em esperança e deixo que as atribulações cotidianas me dividam o pensamento entre o que eu gostaria que acontecesse e o que devo fazer; não é um novo ano se não consigo me renovar e fazer parte da mudança que desejo para mim e para os outros, pois refazer-se a cada dia é recriar motivos para a alegria estampar-se no rosto; a noite chega ao fim do dia não para trazer escuridão, mas para trazer o descanso de um dia que nasceu para buscarmos o caminho da evolução. A lua não aquece como o sol porque precisamos de ternura e para que possamos contemplar a natureza divina. Para olharmos o céu à noite e agradecermos pela dádiva de vivermos mais um dia. O sol nos aquece e dá força para criarmos oportunidades para o crescimento diário. Ambos são astros que trabalham em harmonia, ainda que em turnos diferentes. Nós também assim o deveríamos fazê-lo com nosso semelhante: atuarmos em consonância e não na vontade de que o próximo se afaste.
Não é um novo ano quando continuo cometendo os mesmos erros sem reconhecer que poderia aprender com as situações vividas. Experiência não são o que vivemos e sim o que aprendemos com o que vivemos. Aquilo que nos torna melhores. Seres contemplativos da Criação.
A paz é pregada a cada começo de ano, mas raramente cumprida em seu transcurso. O amor é desejo de todos, mas quem dá morada a ele quando tenta se aproximar? O perdão... esse menino carente de abrigo fica perambulando pela vida encontrando raras pessoas que lhe concedem atenção. Mas, ainda assim não posso dizer que não devemos desejar Feliz Ano Novo aos que se aproximam. Deveríamos, mesmo, dar oportunidades para o Novo Ano ser realmente aquilo que desejamos nos votos de Boas Festas.
Pois, não é um novo ano
se eu destruo o sonho de uma criança,
se eu aponto meu semelhante diante de um vacilo seu
se me escondo sob “mentiras piadosas”
se desrespeito o que é correto
se finjo não perceber que alguém precisa de ajuda
se desejo que o futuro seja bom apenas para mim
se espero. Apenas espero colher frutos sem plantar
Não é um novo ano
quando abandono um sonho
quando sou desonesto comigo
quando minto para mim e para os outros
quando finjo esquecer, mas jamais perdoo
quando a lembrança do que foi ruim transcende as coisas boas
Nunca será um bom novo ano se nós simplesmente deixarmos de sermos novas pessoas. Se nosso interior continuar amargo e sem fé e esperança.

Desejo a todos os leitores do Blog (que são poucos, porém muito especiais) um 2011 de felicidade e sucesso.  

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