Uma postagem apenas para dar movimentação ao blog.
A Aline e a Ester disseram que eu estava com uma "cara boa", ar de felicidade. Respondi que é o AMOR. Ao começo elas acreditaram, mas não dá pra ficar dizendo aquilo que não é, não é verdade? Ao certo, eu não sei o motivo que deu aparência diferente para que as meninas "enxergassem" brilho no meu olhar. Talvez aquilo que se deixa para trás, um relacionamento que pereceu e ficou apenas na lembrança. Uma relação que por enquanto só deixou o luto, mas que certamente vai se apagando, se esfumaçando, se extinguindo no tempo... isso pode ser o motivo do ar diferente que os outros notam e eu não consigo seque perceber. Talvez a sensação de que não há a mínima chance de arrependimento faça com que o inconsciente sinta-se liberto para sentir outras sensações, outros sentimentos, como se a estrada tivesse mudado ou como se o olhar do viajante tenha agora um novo ângulo, como no Doutor e Miguilim (do Guimarães Rosa).
As cores são as mesmas, mas é a incidência de luz que faz ter este ou aquele tom pode ter mudado um pouco. E com o tempo a raiva vai cedendo espaço... mas, não sei para que sentimento ela cede lugar - só sei que vai liberando meu coração do sabor amargo que ela trazia, o amargo que deixava tudo ao redor um pouco mais cinza. E sobre isso só quem está na situação para entender.
Mesmo que as pessoas ao redor digam e repitam o que deves fazer não é tão simples como se fala àquele que sente o luto do final. E cabe aqui uma citação, já que Shakespeare me diz o que eu quero dizer: Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente. Simples assim! E de qualquer maneira eu preferi viver a dor... sem ela eu não poderia saber como é bom deixá-la prá trás. E hoje dá para pensar no que vem depois, ainda que não saiba o que eu quero para depois e sem imaginar o que virá depois. Mas, é bom ouvir alguém te dizer: 'tu tá com uma cara de felicidade, tá amando?' e melhor ainda, poder responder que é sem motivo aparente.
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