sem título

15/10/2009

De 14/10/2009
Para alguém que pensa o blog como gênero, usando-o como suporte e tendo a plena convicção de que ainda é gênero textual, pois o propósito comunicativo a que está sendo utilizado neste exato momento, o de publicar um texto (que pode não ser o melhor que existe, mas é meu risos)

A menina sentou de frente pro mar. Era um refúgio. Ali na areia branca, olhando as ondas chegarem, morrerem na praia, sentia-se maior, tão grande, tão imensa quanto o mar. Apesar de sentir-se encolher dentro de si, cada vez menor, mais miúda feito um grão de areia. A menina nem tão menina assim, já perdida, invadida de sonhos, se fazia menina enquanto as ondas batiam na areia e sentia-se pequena diante da imensidão do mar que o horizonte beijava calmo e claro, Parecia sentir a vaguidão, o vazio, passo claro e calmo que a praia tinha no inverno. A menina nem tão menina assim, se perguntava se a cada vez que o coração doía, encolhia; se a cada vez que o coração se perdia diminuía um pouco; se parecia que a cada vez que um sonho perdido feito gota de chuva no oceano se perdia e se difundia dentro de tudo que nunca mais ela poderia imaginar. E se o coração encolhia para nada mais entrar. A menina ali diante da praia, do por-do-sol que não parecia beijar, tocar o mar, ia perguntando pros seus pensamentos se naquele exato momento se encolhia o coração ou se enchia de esperança a cada minuto que olhava o mar. Mas a menina não sabe que a noite chega e nem percebe o esplendor da lua que se fez tão alva em uma noite nua e se chega a esperança mas a menina espera sentada na areia branca, olhando pro mar, uma resposta que parece jamais encontrar, se o coração encolhe a cada vez que machuca mais a dor de não saber amar.

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