congrega urcamp 2009

15/11/2009

Talvez eu devesse escrever mais sobre o Congrega Urcamp 2009, mas não é o que vai acontecer porque neste evento foi minha primeira apresentação de trabalho e eu acredito que foi um desastre. Mas, considerando que de nada adiantaria ser um sucesso, já que os trabalhos premiados certamente são da instituição organizadora, então está tudo tranquilo.

Como não participei dos anteriores, não tenho como comparar as edições, mas vendo pelos os outros que já participei, posso dizer que ficou um pouco perdido. O pessoal da recepção não parecia estar recepcionando, não havia indicação das palestras no Salão, além do espaço para os posteres ter sido um tanto apertado, o que fez com que ficasse tumultuado. Mas, convenhamos é um evento que tem como melhorar e faz sua parte na divulgação de trabalhos científicos, promovendo a extensão e a pesquisa.

O meu trabalho era aquele sobre o blog, que tinha como objetivo refletir sobre a divergência da categorização do blog como gênero ou suporte textual. Para analisar o “Blog de Tchê na Irlanda” eu me embaso em:
BALTAR (2009) – aborda texto, gênero e suporte;
BONINI (2001; 2003) – que estuda os gêneros do jornal e traz o conceito de hipergênero, no qual o jornal seria um amplo gênero constituído de diversos outros gêneros interligados.
MARCUSCHI (2003) – grande teórico que estudamos na área de Linguística Textual e nele apoio meu trabalho de acordo com as teorias sobre gênero, suporte e gênero textual.
RIBEIRO (2009) – que tem um trabalho sobre o blog e o e-mail (disponível na internet) e que me sugeriu não encerrar a discussão, possibilitando várias reflexões sobre o tema.
PEREIRA (2007) – que diz categoricamente que o blog não pode de jeito nenhum ser considerado gênero e sim suporte. Ainda que use como referencial teórico no meu trabalho, não posso deixar de pensar diferente, uma vez que tenho visto teorias que me dizem que o gênero não é e não deve ser fechado em si mesmo.

Como eu não sei se haverá interesse em saber mais sobre meu trabalho, encerro por aqui os comentários sobre ele. Acredito que o poster será afixado nos corredores da Unipampa, mas honestamente, fico um pouco envergonhada: vá que alguém pergunte qual a relevância do trabalho.
Vejamos a possível explicação: ultimamente temos pensado muito mais em trabalhos de ensino de línguas apoiados na utilização de gêneros textuais. Se eu pensar no blog como suporte não poderia trabalha-lo com meus alunos utilizando a nomenclatura gênero, por isso devo ter como sustentar teoricamente minha prática. É isto.

Agora as referências do meu poster. (Agradecimentos a professora Clara Dornelles, minha orientadora, gente finíssima que apoiou minha loucura de enviar resumo para o Congrega e teve bastante paciência em corrigir e me ajudar no trabalho).

BALTAR, Marcos. Sobre gêneros textuais. Centro de Ciências Humanas e Comunicação, Departamento de Letras – UCS. Projeto PRODUTORE. On-line. Disponível na internet via URL: http://hermes.ucs.br/cchc/dele/ucs-produtore/pages/sobregeneros.htm, acesso em 30/05/2009.


BONINI, Adair. Gênero textual como signo linguístico: os reflexos da tese da arbitrariedade. Revista Linguagem em (Dis)curso. v.1 n.2 jan/jun 2001. ISSN 1982-4017. Disponível na internet via URL: , acesso em 19/04/2009.


BONINI, Adair. Veículo de comunicação e gênero textual: noções conflitantes. DELTA: Documentação de Estudos em Linguística Teórica e Aplicada. v.19 n.1. São Paulo, 2003. Disponível na internet via URL: , acesso em 23/04/2009.


MARCUSCHI, Luiz Antônio. A questão do suporte dos gêneros textuais. Língua, lingüística e literatura, João Pessoa, v. 1, n.1, p. 9-40, 2003. Disponível na internet via URL: , acesso em 12/04/2009.


PEREIRA, Ana Cláudia Barreto Gomes. Blog, mais um gênero do discurso digital? In: 4° SIGET – Simpósio Internacional de Estudo de Gêneros Textuais. Santa Catarina, Unisul, 2007. Anais. Disponível na internet via URL: , acesso em 10/04/2009.


RIBEIRO, Tiago da Silva. E-mail e blog: “gêneros textuais” ou veículos de comunicação? In: Hipertextus Revista Digital. N.2, jan.2009. Disponível na internet via URL: , acesso em 12/04/2009.

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