QUEM SABE UM DIA TUDO MUDA

17/12/2009


E se não mudar, fica tudo como está... afinal de contas, quem muda sou eu. Nem vou citar Heráclito, espero se lembrem.Deveria ter comentado no blog da professora de estágio, mas não consegui comentar todos os textos. Será que minha média cai muito por isso? Tomara que não. Provavelmente(deveria dizer sem dúvida?) não sou a aluna nota 10 dessa turma, por isso penso que se tivesse tentado comentar todas as postagens poderia chegar perto de um 8,5 ou 9,0. Ser a melhor da turma na visão do professor e/ou ter a melhor nota me torna mesmo a melhor? Oh, dúvida cruel... vou me atirar da ponte por isso.

A professora publicou um texto com o título “Quando cansa uma professora”. Fiz um comentário para esse texto. Trata das relações sociais e pedagógicas assumidas por professores e alunos na universidade. Temos um modelo de ensino universitário (ao menos os que conheço –  o curso de Pedagogia que fiz e o de Letras que faço) que diz que o aluno não é um receptáculo do saber do professor, que o professor deve ter em mente seu papel de conscientizador e formador de um cidadão crítico de seu papel na sociedade. Bem... vamos às críticas e espero não ser criticadora apenas:

Ainda hoje, mesmo com essa visão diferenciada, sentimos falta de que o professor passe um conhecimento para nós. E não nos consideramos um receptáculo por desejarmos tal situação. Gostaríamos apenas de ver que o professor sabe do que está falando, que pode mostrar sua visão para nós e com ela formamos a nossa. Desejamos não um sabe-tudo na sala de aula que se sente superior aos alunos, mas uma pessoa que saiba nos falar daquilo que conhece e sinta-se contente em poder compartilhar de seu conhecimento com outras pessoas que virão a ser professores também. Parece que devemos aprender tudo por osmose. Tentar adivinhar o que devemos aprender, ah, não é bem assim: se temos o plano de ensino lá estará escrito o conteúdo que nos é necessário para aquele semestre, então, já temos um caminho a seguir, basta “adivinhar” como.

Esse professor conscientizador nos mostra que devemos ter senso crítico e olho clínico para observar nosso aluno através de nossa prática, das relações vividas em sala, das experiências ocorridas durantes as aulas. Tá, concordo com isso. Acho que estamos sendo um pouco preguiçosos quando tentamos dar desculpas por não conseguir fazer isso tudo ou quando não temos tempo para fazer quase nada porque temos para escrever alguns artigos, alguns relatórios ou então lermos alguns pequenos livros de 100 páginas. Ah, somos mais preguiçosos ainda quando deixamos de fazer tudo isso porque ou temos filho(s) ou quando temos que trabalhar.

Tudo bem... não estamos cansados ainda... Será? Por que será que as mudanças devem ser sempre tão radicais? Estamos (nós alunos) sentindo falta de um referencial. Quando leio os comentários do Dilmar no blog da professora percebo que mesmo com toda repressão da época em que ele estudou os alunos tinham referenciais. Os professores não eram “aquela velha” ou “aquele tosco” de hoje, eram pessoas respeitáveis... mas, concordes comigo ou não, o respeito hoje é artigo de antiquário (e raríssimo).

Caso as coisas não mudem... prometo não me atirar da ponte.


1 comentários:

Blog da Professora Valesca disse...

É isso aí Michele...boas férias!

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