achados

10/10/2010

Guardando um material do 1º semestre encontrei dois textos que escrevi (enquanto me distraía das aulas). Estão abaixo: 

Longe da espera que traz a noite
Vou compondo versos de silêncio
Como encantada por teus olhos
Que me lembro agora, como ontem

Venho da distância do passado
Na incerteza do que virá por ti
Refazendo o caminho de volta
para um sentimento que nunca perdi

Sinto a saudade inda inquietante
No 'galopar' sôfrego das horas
Permaneço calada por mais um instante
Enquanto fica a lembrança que aflora

A noite faz-se espera de calor
Para uma vida inteira
E chega devagar com teus passos
Assim, como da vez primeira.
(15 de junho/2007)



 


JOGOS

Esta é a grande e ilógica verdade
Nem sempre se perde
Não há jogo sem vencedor
mas, sei perder de mim
a razão do que não sou

Entre histórias quase esquecidas
engavetadas no fundo da alma
há derrotas de um passado
em que não houve um perdedor
e aquele que ganhou
da vitória não sentiu sabor

Não há sentido nem razão
de repende quem perde é vencedor
pois, das dores que amortecem
os sonhos do coração
restam-me lembranças
que nunca me deixam
e se não tivesse essas lembranças
saberia que teria vivido em vão

E neste jogo sem jogador
não há velhas histórias
Tornam-se novas quando retornam
num relance da memória
e de todas as minhas derrotas
não me perder de mim
foi minha maior vitória...
(22 de junho/2007)


0 comentários:

Postar um comentário