Hoje que escreverei nada tem a ver com as Letras em Monólogo no sentido inicial que teria um blog de uma universitária de Letras. Minhas letras entram em monólogo com meus sentimentos e os pensamentos torpes que invadem minha cabeça neste exato momento.
De blog a diário é justamente porque hoje sim farei do meu blog um diário no sentido inicial do termo. Coisas de mulher que está carente.
Quando namoramos alguém, não namoramos o carro que por ventura ele possa ter (no meu caso não tem). Nem mesmo pela conta bancária com um saldo super positivo (o que definitivamente não é mesmo o meu caso). Quando namoramos alguém é pela sensação de felicidade que a presença desse outro nos traz (seria esse o meu caso?). Hoje, honestamente, eu não saberia responder.
Quando estamos com alguém a presença desse outro nos faz feliz por sua simples existência. Quando namoramos alguém vemos os defeitos sim, mas estes são o que constituem o outro. Vemos a nossa insegurança ficar toda fragilizada nas mãos de alguém que há algum tempo atrás não fazia parte de nossas vidas, mas que hoje não sabemos ver nossa vida sem que esse outro esteja presente.
Quando amamos, ah, isso sim é um grande problema... quando amamos alguém e não temos a mínima noção de se o outro também sente o mesmo nosso coração parece doer, uma dor psicológica que chega a se tornar física. Nossos pensamentos não são mais racionais e o medo é a pior companhia, mas também é a única que temos.
Quando dedicamos um minuto de nossa atenção a alguém passamos a perceber o quanto somos sensíveis e frágeis e nos damos conta de que força é o que menos possuímos. Eu sei que ele não lerá o meu texto nem mesmo saberá o que sinto e penso agora. Meu medo supera a tentação de falar-lhe. É complicado imaginar que os extremos nos afastam do caminho.
Vivo os dois hoje... eu preciso de atenção. Lógico, que não é a todo momento, porque assim como o outro eu não quero me sentir sufocada, mas não quero me sentir abandonada. Sei que o outro precisa de seu tempo, mas que tempo é este que nunca abre espaço para mim? Que passa na sua cabeça? Que eu não vou deixá-lo respirar? Não... eu só quero o meu momento de atenção. Sentimento existe... Amor existe. O que eu quero é sentir que faço falta na tua vida. Eu quero sentir que sou amada. Consegues entender?